Os acessos difíceis ou inexistentes, a orografia do terreno e o vento forte foram os inimigos dos bombeiros no combate ao incêndio de Ribeira da Nave, no concelho do Sabugal, que chegou a destruir palheiros e anexos. O fogo manteve ainda a população em alerta durante a noite, segundo a agência Lusa.
De acordo com o segundo comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, Seara Pires, no fogo que lavrava desde a noite de sábado numa extensa área de pinhal e mato e que foi dado como circunscrito pelas 12:12 de hoje, o vento foi «o pior inimigo», com as suas «mudanças frequentes».
«As dificuldades maiores prendem-se com os acessos que não existem na maior parte dos sítios e com o facto de os caminhos agrícolas não estarem limpos, pelo que, muitas vezes, os bombeiros têm que progredir a pé, pois a própria orografia do terreno também não permite o acesso dos carros», descreveu.
O fogo - que destruiu uma extensa área em redor das povoações de Sortelha, Urgueira, Aldeia de Santo António, Alagoas, Santo Estêvão, Moita e Casteleiro - também queimou «palheiros e arrecadações agrícolas», acrescentou.
Novos fogos podem ter origem criminosa
Seara Pires admitiu que os fogos que nas últimas horas eclodiram na zona do Sabugal - Ribeira da Nave, Casteleiro e na zona dos Fóios - poderão ter tido origem «criminosa» ou sido lançados por pastores «para renovarem os pastos».
Os habitantes das povoações rodeadas pelas chamas contaram hoje à Lusa que não dormiram durante a noite, tendo ficado «a guardar o fogo, para que não chegasse às casas».
«Durante a noite, o fogo atacou mais a povoação da Moita, mas de manhã chegou aqui ao Casteleiro. Deitei-me por volta da 01:00 mas não consegui dormir e alguns vizinhos estiveram acordados toda a noite», contou Micaela Marques, 77 anos, moradora na aldeia de Casteleiro.
BY: http://diario.iol.pt/sociedade/tvi24-fogo-chamas-ultimas-sabugal/1085828-4071.html
FOGO NO TABUAÇO
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Incêndios
Combate ao fogo em Tabuaço «a evoluir favoravelmente»
O incêndio que desde o final da tarde de domingo lavra no concelho de Tabuaço tem duas frente activas mas o combate ao fogo «está a evoluir favoravelmente», segundo disse o comandante operacional distrital de Viseu.
César Fonseca explicou que o fogo tem «uma frente activa no cimo do monte e outra no vale, junto a campos lavrados».
«Não há problemas de maior, é preciso é conseguir combatê-lo. Estamos a desenvolver esforços para que isso aconteça o mais rapidamente possível», frisou, garantindo não haver povoações em risco.
Segundo a página da Autoridade Nacional da Protecção Civil, o incêndio começou cerca das 19h25 de domingo na localidade de Paradela.
O combate às chamas está a envolver 81 bombeiros, apoiados por 24 veículos, um helicóptero bombardeiro pesado e três aviões bombardeiros pesados.
Cerca das 11h30, foi accionado um pelotão militar, segundo a mesma fonte.
BY: Lusa / SOL
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