sexta-feira, 24 de junho de 2011

Futebol e a Crise

A crise e o futebol, este vai ser o tema de que vou falar nos parágrafos seguintes, acho um comportamento curioso da sociedade, esta relação com o desporto rei, uma vez que pode não haver dinheiro para muita coisa importante, mas os altos patrocínios, bilheteiras esgotadas, transferências de valores exorbitantes e salários milionários nunca vão faltar no futebol por maior que seja a crise.
   Vou começar por falar do caso português pois é o que interfere mais directamente nas nossas vidas, até podemos nem gostar de futebol mas até para as donas de casa mais despreocupadas com o desporto o nome de Cristiano Ronaldo não é desconhecido. Sim é verdade que esta sempre em voga nas revistas cor-de-rosa, mas nos noticiários aparece sempre uma excentricidade qualquer que custa milhões e que este rapaz compra, e com que dinheiro? Questão fundamental como é que Benfica, Porto ou qualquer outro clube conseguem pagar ordenados milionários aos jogadores, é simples o futebol para além do entretenimento é um jogo de interesses, e o que faz mover esses interesses é o dinheiro.
   Patrocínios são a maior fonte de receitas do futebol, todos os anos os clubes assinam contractos milionários com patrocinadores, isto funciona como um ciclo basta pensar-mos que os patrocinadores ganham o dinheiro através da venda da sua marca ao público, uma parte desses lucros das vendas é usada por exemplo para por o nome da empresa nas t-shirts, ou no estádio de um clube de futebol, quem vê futebol vai ver também a marca do patrocínio e depois é provável que a venha comprar. Quanto maior a dimensão o clube melhor a publicidade feita, pois se o clube joga em competições internacionais vai levar a marca além-fronteiras, e também maior é a quantia requisitada pelo clube em troca da publicidade. As empresas vão buscar lucros aos consumidores, que também são o público do futebol, logo nos somos responsáveis em parte pelos ordenados milionários dos jogadores.
    Receitas de bilheteira, o público vai ao estádio paga bilhete para assistir ao jogo, gera receitas para o clube. Para atrair pessoas aos jogos é preciso que os clubes estejam bem desportivamente, e para um clube estar bem precisa de ter bons jogadores a ganhar ordenados brutais, porque quanto melhor for o jogador maior o salário, gastam-se também quantias enormes para roubar um jogador a outro clube. E na bilheteira verifica-se o melhor exemplo de que quem paga o futebol é o publico, pois o publico não muda de clube e ainda dá dinheiro a instituição isso sim é amor a camisola, mais do que qualquer jogador em campo os adeptos são o coração de qualquer clube.
   Outra forma de gerar receitas através dos fãs, são as lojas onde se vendem produtos com a marca dos clubes de futebol, e em Portugal temos um exemplo a nível mundial, o Benfica gera grande número de receitas com a sua marca, porque tem muitos sócios, adeptos e simpatizantes e esses são o universo de potenciais compradores desse tipo de produtos.
  Os parágrafos anteriores são um bom exemplo explicativo de como nos enquanto adeptos do futebol pagamos as loucuras dos clubes de futebol, e o pior é que o fanatismo faz com que muito boa gente neste país ponha o pagamento de cotas, o dinheiro para os bilhetes entre outras formas de gasto com clubes a frente de gastos prioritários, por exemplo com os filhos, há cabecinhas que põem o futebol a frente de tudo na vida apenas por fanatismo.
   O futebol é um desporto para todos, não é um desporto elitista como o ténis ou o rugby, por isso os mais pobres jogam futebol com as mesmas facilidades e oportunidades que os mais ricos, e é por ser um desporto que faz sonhar os mais desfavorecidos que tanto faz sonhar e vibrar o povo. Futebol é sinónimo de capital, pois sem ele morre.
   Em suma após esta reflecção acerca da origem do capital futebolístico é mais que conclusivo, que o país pode estar um caos, mas enquanto houver uma partida de futebol na TV ou no estádio e umas cervejas esta tudo bem, pelo menos para os adeptos mais fervorosos.

By: André Leal 

sábado, 18 de junho de 2011

Baixar os braços nunca...

Reflecção, tudo o que nos acontece é apenas o resultado directo das nossas escolhas e dos nossos erros ou dos nossos sucessos, sem duvida que é, e acredito nisso mas há sempre o factor surpresa que é quando algo que não se esperava acontece. Em relação ao factor surpresa nada podemos fazer, pois é o resultado das acções de terceiros que tem influência na nossa vida.


Esta pequena introdução divagadora serve apenas para fazer uma abertura subjectiva ao assunto de que vou falar hoje, o que venho hoje dizer é que vai na minha alma, o orgulho de ser Português. Tempos mais difíceis que aqueles que vivemos haverão de vir sem dúvida, mas a única forma de conseguirmos superar tudo o que ai vem é tornar o nosso pensamento positivista por mais difícil que pareça ou que realmente seja é essa a chave para o sucesso, podem perguntar mas como é possível? Todos os dias vamos ter a força necessária para nos lembrarmos do que somos como povo e isso basta.

Somos uma das nações mais antigas do mundo e a mais antiga da Europa, tantas vezes no passado o nosso povo passou por situações bem mais complicadas do que aquela que vivemos agora e sempre as soube superar, fomos os inventores ou melhor os pioneiros da globalização através dos descobrimentos conquistamos o mundo e demos novos mundos ao mundo. País de heróis, poetas e de gente sabia é este nosso Portugal é nisso que todos temos de pensar e agir individualmente pensando como um todo. Sei que é difícil pensar desta forma principalmente quando se esta desempregado, endividado ou já sem esperança, mas não é certamente ficando de braços cruzados a espera que um milagre aconteça que nos vamos safar, os Portugueses tem de voltar a ser dinâmicos e a perder o medo da mesma forma que aqueles que há uns séculos atrás se fizeram aos mares desconhecidos arriscando a vida em busca da gloria.

A solução é só uma e esta em cada um de nós, basta seguir o conselho de um poeta, e por tudo quanto somos no mínimo que fazemos.

by: André Leal