domingo, 30 de maio de 2010

Herois do mar e da bola


A mais ou menos 10 dias do inicio da prova mais importante do mundo do futebol, resolvi escrever algo em jeito de critica realista a nossa selecção. O "Ideiasascores" é antes de mais um blog generalista, e até hoje salvo erro ainda não escrevi nada directamente relacionado com o futebol, nem mesmo quando o "meu" Benfica paralisou o país ao sagrar-se campeão nacional de futebol. A razão deste post é o Mundial 2010 e a nossa selecção, pois este assunto não diz respeito apenas a um publico restrito, mas sim a todos os portugueses, que independentemente da sua cor clubistica, tem os olhos postos na equipa de todos nos.

Vou começar por falar do assunto em que me inspirei, a selecção portuguesa de futebol, antes de passar a aspirações estatísticas, quero dar um toque realístico a esfera nacional, e nesse contexto posso dizer que os 24 convocados de Carlos Queiroz ainda estão muito verdes como colectivo que devem ser.

No dia em que foi anunciada a convocatoria todos os portugueses ficaram surpreendidos pela negativa, começando pela ausência do guarda-redes campeão nacional e de Rui Patrício, neste aspecto tanto Daniel Fernandes e Beto apesar de terem provas ainda assim não se encontram ao nível de Quim ou de Rui Patrício, os dois titulares de duas das principais equipas do nosso campeonato. O guardião do Benfica tem muito mais ritmo de jogo que Beto que foi suplente a epoca inteira no FC.Porto, e entre Rui Patrício e Daniel Fernandes optaria claramente pelo primeiro.

No sector defensivo não concordo de todo com a convocatoria de Zé Castro, ainda que este tenha sido convocado a condição, também a terrível insistência de Carlos Queiroz de jogar com Pepe na posição de trinco tem deixado os portugueses de cabelos em pé, porquê defender com 5 defesas, se podemos ter em acção uma das melhores duplas de centrais do mundo (Pépe e Ricardo Carvalho) e ainda podemos beneficiar em termos defensivos se jogarmos com mais um médio de raiz que de certo fará melhores transições defesa-ataque que o Pépe.

A meio campo a convocatória, pecou pois foram deixados de fora tal com João Moutinho ou Ruben Amorim, mas ainda assim esse é um mal menor quando comparado com as lacunas da defesa. Raul Meireles ou Pedro Mendes na vez de Pépe no sector mais recuado do meio campo daria outra vida a nossa selecção, Nani e Simão pelas alas e Deco no meio-campo ofensivo, este seria no meu ver a melhor solução, e no fim no sector do ataque ficariam Ronaldo e Liedson.

Esta é a minha visão que poderia trazer algum sucesso a equipa das quinas após esta revisão a convocatoria vou falar nas hipóteses de sucesso da nossa selecção segundo a táctica de Queiroz. Em primeiro lugar quero lembrar que da forma que temos vindo a jogar as nossas hipoteses serão menores, pois como se viu pela fase de qualificação e pelo jogo com Cabo-Verde falta o sal a nossa selecção, há muito que mudar desde a mentalidade, mais humildade e mais maturidade, só assim podemos chegar a algum lado. Os nossos jogadores possuem qualidades incríveis, alguns deles figuram entre os melhores do mundo e é esse aspecto que mantém a chama da esperança acesa, e entre esses artistas podemos destacar nomes como Ronaldo, Pépe, Nani, Ricardo Carvalho e Simão, será sem sombra de duvida sobre eles que vão recair os olhares dos portugueses quando as coisas estiverem a correr mal na esperança de que façam um milagre já que do seleccionador nada de pode esperar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Estranha forma de vida em Europa.

Esquema do interior de Europa.


Europa


Europa uma das luas de Júpiter, aquela que segundo os cientistas é o local do sistema solar em que a existência de vida é mais provável. Este satélite gelado de Júpiter, é um curioso mundo propicio a probabilidade de vida, apesar de gelado os cientistas sabem que existe agua em estado liquido por debaixo do gelo , o que torna este satélite um mundo oceânico, e é ai que se acredita poder existir vida. A probabilidade é bem maior que em Marte apesar deste mundo se encontrar mais distante do sol, uma vez que esta lua de Júpiter possui campo electromagnético, o que significa que o seu núcleo ainda não solidificou por isso ela provoca perturbações no campo electromagnético de Júpiter, e isto leva ao efeito maré tal como sucede com a Terra e a Lua, mas em Europa o efeito permite que o seu interior aqueça o suficiente para que a agua continue em estado liquido, e a superfície gelada estala, dai os riscos que se encontram a superfície que na verdade são fendas no gelo, por ande a agua vem a superfície, congelando de imediato.


O núcleo de Europa e as fendas que se abrem na superfície gelada podem ser o elemento chave, para a vida neste mundo, podemos tomar como exemplo o que sucede no nosso planeta, no fundo dos mares terrestres, a luz do sol não chega, mas ainda assim há formas de vida que vivem nesses locais. Nas falhas geológicas situadas no fundo dos oceanos, a actividade vulcânica deu origem a vastos ecossistemas, em Europa pode suceder o mesmo, pois como o interior ainda esta a temperatura suficiente para albergar agua liquida, mesmo não havendo actividade do núcleo sendo este metálico e frio. As fendas que se abrem a superfície são outra hipótese de ouro para que algumas formas de vida se desenvolvam, uma vez que este contacto temporário entre a agua do interior e a luz solar, pode dar origem a vida.
Vida neste mundo não é uma utopia, uma vez que até poderia ser colonizado por Humanos num futuro distante, mas a hipótese de ter vida , em forma de compostos orgânicos, ou até mesmo algas primitivas é muito provável.
A NASA já esta a estudar um projecto de uma sonda que no futuro irá explorar este curioso mundo gelado, e esclarecer os cientistas acerca da possibilidade de haver vida em Europa.
BY: André Leal

sábado, 15 de maio de 2010

Pela Musica Parte- Valete

Desolador cenário
De antigos pomares orgânicos
Que cederam aos fertelizantes
E insecticidas
Onde a aparência se impõe ao sabor
E a paciência cede
Á pressão do imediato
Ainda não se deram conta
Que todo o fruto do dinheiro
Acaba eventualmente
Com o cair da árvore
Podre, podre

Agora é só prostitutas nessas editoras

Valeu apena teres ido ao ginásio
Do outono á primavera
Já tens corpo suficiente
Para assinar pela editora

Olha o contracto
90 para eles, p?ra ti 10%
Até chulos do intendente
Davam-te 50%

Agora és artista major
Cheio de estilo e auto-estima
Moral em cima
Mas cheiras a vaselina

Mais um formatado que fareja
Á procura da platina
Tu amas música
Mas tens de prostitui-la?

Não faças sons profundos
Porque as pessoas adormecem
Lembra-te:
Os tugas dançam melhor do que pensam

Por isso é que as rádios
Só passam sons de amor e festa
E por isso é que temos
Mais discotecas que bibliotecas

Por isso é que os playlistados
Não passam de marionetas
Á muita gente a dar o rabo
Por isso tens de marcar
É só merda
Música independente
Nunca ouves nas radio stations
(Não há espaço)
É muito grande o catálogo dessas majors

?Tás na capa da revista
Não é porque a tua música é inovadora
É só porque a tua editora
Tem mais dinheiro que as outras

Aproveita essa fama
E toda a idolatração
Porque daqui a 16 minutos
Eu ponho-te aqui no underground

Vais da glória ao fracasso
Corrido a pontapé
A história nem guardará para ti
Um rodapé

Vives de joelhos
Nem te vale a camisa do Che
Eu tou na horizontal
Mas ei de morrer de pé
Nesta indústria

Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som

Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom

Dizes que não evoluiste?
Nada aprendi do negócio
E ainda gravo pequenos trechos
E não sei se agora
Os conceitos são os mesmos de outrora
Mas se eu te vejo por aí, música
Deixo tudo e vou-me embora

Para isso não reflectem o gosto
Mas a cultura do povo
E a indústria explora a ignorância
E por isso cheira a mofo

Chico e Zeca consumiram
Uma explicação para o bolso roto
E dos vistos peitos peludos e fios de ouro
Alimenta o sonho, mano
E voa alto
Mas o país tem 10 milhões
?Tás a ser otário
Não sejas a cinderela
Neste conto do vigário
Não chegas ás estrelas
No teu pé de feijão mágico
Nunca, nunca, nunca
Vais ser rico, aceita
Podes até viver disto
Mas não sem cederes a peida
Eles iram lambê-la primeiro
Mas viram-te do avesso
E o dilema que enfrentas
É estabeleceres o teu preço

Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Não papam nada do que a rádio programa
Abre a pestana, desintoniza e muda de som

Nós damos á música
Tudo o que ela nos dá
Quando o dinheiro acaba
Nós ainda ?tamos cá
Esses teus idolos mano
São só marionetes
Cantam por cheques
Fazem-no sem alma e sem dom

Eu faço tipo metáfora, boy
Para mim labels são tipo damas, man
Tens aquelas damas tipo
Ya, dão bué nas vistas
Aquela dama de silicone
Vais conhecê-la boy
Não tem nada na cabeça boy
Não te sabe tratar como querer ser tratado, man


Depois tens aquelas damas
As minhas favoritas boy
Low pro
Low profile
Aquelas damas que estão assim no canto, e quê
Vais ter com elas, conheces
Vais beber um café

Vais curti-las boy
E depois tens aquelas azedas, boy
Azedas, ninguém as quer boy

Elas aí até vêem com um decote bacano
Népia boy, ninguém as quer
Mas digo-te uma cena meu
Para falares delas
A cena é fat se ficares a conhecê-las man

Por isso se elas te convidarem
Aceita o convite
Vai beber um café com as editoras
Vai jantar com as editoras
Vai á night com as editoras
Dá kisses nas editoras
Apalpa as editoras

E fode com editoras, mas repara
Tu não te comprometas
Cumprimenta-as na cara
Porque elas são ciumentas e não podes fazer nada
Quando te derem o contracto lê
Eu li como a Lara

Eu vim para chamar a música
E ?tar perto da Sara
No deserto do Sahara
Eles dão-te areia
Queres subir?
Eles dão-te boleia

Mas eu não vou
Não passo de anão
Para mim eles são multibancos sem paga
Porque eu não lhes passo cartão
Passam-me a perna
Se eu passo a mão
Num acordo sujo
Vou comprar sabão
E dou-lhes um autógrafo com a condição



Que o filho é meu
Sou pai presente
E não ?tou na prisão
Uma divisão decente da comissão
Não é ganância
É justiça e decência
É a minha visão
Esta é a minha exigência
Esta é a minha missão

Á minha maneira
Ter a carreira e ter duração
Boysbands pedem por favor
?Só mais um verão!?
?Só mais um refrão!?
?Só mais um anúncio para a prestação!?

E a pergunta para o ano será
?Onde é que eles estão??
Será que ficaram para a história
Ou foi em vão?
É porque a população tem memória curta
Como o pénis no Japão?

Vai para o plano B
Da exposição
Ser real para ti
É num realitty show na televisão
E quando a participação acabar
Vem no teu single de apresentação
Não é a mema coisa, pois não!
Hoje em dia já não há ninguém que te oiça, pois não!
Viste que foste á fast-food
E acabou a digestão
Ambicionavas ver o teu nome
Num cheque de um milhão
Não é preciso ser nome de rua, escola ou pavilhão
Ao príncipio pensava que as editoras eram o papão
Reconciliação nem é dela
O Peter deu-me o cartão
E se o cartão ainda existe
É por alguma razão
Muitos ficam filtros
Quando chego a uma conclusão
Não á respeito
São o preconceito na aceitação
Não há controlo e o rap crioulo ainda não tem edição
Numa major nem que seja só ?pa distribuição

Já nem oiço a rádio, man
È só poluição

Eu dou á música o que ela me dá
Quando o dinheiro acaba
Ainda tou cá!
A criar um 7ºA!
Eu não concordo com o Paredes, na sua frase mais bela
Eu amo demasiado a música pa? não viver dela
Não quero trabalhar num escritório
Isso para mim é fatela

Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Á música dou tudo o que ela me dá
Rádio não passa o meu som
Mas ainda tou cá
Ajudei os manos mais puros
No meu habitat
Nós seremos a mudança que o futuro trará
Á música dou tudo o que ela me dá

Quero ser como o Sérgio
Quero ser como o Zeca
Quero 8 albuns antes de eu ficar careca
Baza fazer as cenas
Pôr cenas novas na mesa, man
Não tragam o pudim
O pudim já tá na mesa, man
Tragam arroz doce, boy
Falta arroz doce
Ya, e inspirem-se pelo Keidge Lima
Mas não rimem como o Keidge Lima
Façam cenas novas, man
Editoras, apostem em cenas novas!
É isso que a gente quer

Mantenham isso na cabeça, ya?
Nós somos a equipa da 3ª divisão
Que tem como única motivação
O amor ao jogo
Que se entrega incondicionalmente
De alma e de corpo
Humildes mas nunca submissos
Voçês podem trazer a vossa equipa
Tragam a vossa equipa de luxo
Com os vossos melhores jogadores
Os vossos melhores jogadores que para o ano
?Tão no banco de suplentes
Podem assediar-nos
Podem até comprar alguns do nosso plantel
Mas nunca
Voçês nunca
Nos terão a todos como família



Mais que um simples MC um verdadeiro revolucionário o melhor rapper de Portugal.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A critica da cultura pura.

Vivemos cada vez mais num país em que pessoas dão cada vez menos importância, a temas como a cultura geral e a divulgação da mesma. É por isso que hoje resolvi perder alguns minutos do dia a fazer esta reflexão, ora antes demais acho que devemos no mínimo ter a noção básica daquilo que sabemos, e tentar compreender até onde pode ir o conhecimento daqueles que nos rodeiam, pois porque no momento em que tentarmos sobrepor o nosso conhecimento ao dos outros precisamos de ter a noção de que vamos conseguir induzir algo de novo aos que nos rodeiam, caso suceda o contrario estamos a dar razão a quem diz que qualquer um faz poesia quando esta calado.
No meu blog cada vez que publico um novo post que remeta para assuntos em que não tenho total conhecimento ou não estou tão a vontade, faço uma prévia investigação acerca da noticia para que possa responder adequadamente aos comentários.Toda esta conversa introdutora serve apenas para dar um feedback do assunto a ser tratado de seguida.
Quantas vezes não tivemos já uma conversa em que alguém que pouco ou nada sabe do assunto se intromete de rompante, para opinar ou acrescentar algo que esta errado ou que nem se quer tem nada a ver com o assunto? Pois é acho que todos aqueles que no futuro venham a ler este post vão concordar comigo, e vão pensar que tenho razão. Aqueles que tal como eu já conheceram esta sensação também tal como eu pensaram que se esse tipo de pessoa tivesse permanecido calada teria passado uma melhor impressão, mas se o arquétipo do homem que tudo sabe e no fim nada sabe, soube-se dar o braço a torcer e aprende-se algo com os seus rasgos de pura ignorância, um dia saberia como se comportar perante qualquer tema que desconhece-se. Em primeiro lugar isto não é uma critica a pessoas que tem poucos conhecimentos, porque ser culto em certos casos pode não ser sinonimo de inteligencia prática, pois há muita gente que apesar de ser praticamente analfabeta é muito inteligente, porque a inteligencia é o exercício cognitivo do cérebro, e a cultura é o saber assimilado. Este texto é sim uma critica as pessoas que se acham muito esperta e no final pouco ou nada sabem, é para esse tipo de pessoas que este tipo de critica se adequa. gente que não tem a noção da sua ignorancia todos nos somos uns pobres ignorantes neste mundo, pois niguem detém um conhecimento total em todas as áreas, não existe um ser que contenha em si um conhecimento universal, por isso devemos fazer uma avaliação das capacidades culturais de cada pessoa antes de a julgar, só assim poderemos moldar o nosso comportamento face aos intelectos que nos rodeiam.
A maior fonte de saber do mundo é aquilo que podemos aprender ao interagir com as diferentes pessoas que nos rodeiam, todos tem algo para nos ensinar, e todos temos algo que possam aprender atravez de nos, espero que a sociedade comece a caminhar nesse sentido e que um dia as pessoas possam dizer que aprendem mais se souberem ouvir o que cada um tem para ensinar.


BY:André Leal

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A onde vamos parar??

Ola hoje de manhã quando lia a noticia que dava conta, de que o TGV ia mesmo avançar em Portugal, apesar da crise económica que vivemos neste momento, fique estupefacto, não pelo
arranque final da obra ter finalmente data, mas pela inconsciente decisão de destruir uma escola com mais de um século. Na minha opinião o TGV é um investimento que nada de vantajoso trará a Portugal, o projecto servira para prolongar a divida do nosso pais, a gerações futuras
numa primeira fase o TGV servirá os interesses de empresas privadas que estariam envolvidas no projecto, empresas essas que são chefiadas por empresários corruptos que tem acordos de conveniencia como o governo. Este projecto é apenas mais um capricho dos últimos governos, que eu passo a denominar de governos das aparências,mas as aparências iludem e de que maneira, o nosso actual primeiro ministro tem vindo a governar o nosso país de forma a fazer que quem esteja de fora fique iludido ao ver os maravilhosos números do nosso país. Portugal tem em média um computador por família e é dos países com mais utentes da Internet por cada cem habitantes, mas os utentes dessa Internet facilita pelo governo, não tem emprego, e estão pela sobrevivencia, e agora com as recentes noticias de que o nosso pais esta, completamente afogado numa grave crise económica, la fora vão perguntar surpreendidos como é possível. A melhor forma de crescimento económico é o investimento em boas escolas, hospitais, apoio a empresas locais e incentivos aos produtores nacionais, para que os nossos
produtos possam rivalizar com os estrangeiros no parâmetro qualidade preço. Os países mais ricos da Europa investiram inicialmente na base, para que com o tempo os efeitos do investimento começassem a dar frutos e com esses frutos construir as infra estruturas que o nosso país que construir sem a base.
Esta situação relatada pela noticia,é a melhor caricatura possível do estado do nosso país, um pais onde se destroem os centros de instrução do futuro, para sobre os seus destroços edificar mais divida publica, e afundar as esperanças num futuro melhor.


By André Leal



NOTICIA SIC

Encerrada Escola Secundária Afonso Domingues para passagem da linha de alta velocidade
Notícias País A SIC tentou por vários meios ouvir o Ministério da Educação, mas sem resultado.

Também o Ministério das Obras Públicas remeteu qualquer explicação para a rede de alta velocidade.

A RAVE confirma que o espaço da escola servirá para passar a linha de alta velocidade e que está a tentar assegurar o futuro dos alunos em conjunto com a direcção geral de educação.

A SIC conseguiu entretanto apurar que o primeiro troço do TGV vai ser adjudicado no sábado.

A ligação Caia-Poceirão, vai mesmo receber luz verde numa cerimónia pública.

A 28 de Abril, a direcção da escola foi surpreendida por este ofício do Ministério da Educação.

O Director Regional de Educação de Lisboa informou que a secundária Afonso Domingues foi extinta a 23 de Março por despacho do Secretário de Estado da Educação. A razão do encerramento é dada também no documento: nos terrenos da escola vai passar a linha de alta velocidade.

Se dúvidas ainda restassem sobre as intenções do Governo estão agora desfeitas com a ordem de despejo da escola.

Professores, funcionários e alunos têm de abandonar o edifício até 31 de Agosto.

Contactada pela SIC, a direção da Afonso Domingues não quer comentar o assunto. As preocupações são relatadas pelos alunos. "Esta escola éo único curso nas redondezas, só há também Alverca, de laboratório. Este ano dizem que a escola vai fechar(...) eu estou preocupada com o meu segundo ano, porque eu quero acabar o 9º ano e não sei em que escola é que vou acabar" explica uma das alunas.

"Na nossa escola há pessoas de Odivelas, Amadora, Queluz, Mafra. Ir para Alverca é impossível, é muito longe, não vai dar para acabar o curso. Nós só queremos mesmo acabar o curso, acabar o estágio e depois vamos embora. Depois podem fechar a escola à vontade" esclarece outra das estudantes.

A Escola Afonso Domingues tem 125 anos Já foi escola industrial, mais tarde escola do ensino unificado e agora é uma secundária com cursos profissionais.

Com capacidade para 600 alunos tem apenas 256 jovens e 94 professores. Nem uns nem outros sabem para onde vão, como atesta a aluna Patrícia Frutuoso "Houve alunos que entraram agora e há certos cursos oferecidos pela escola e não sabem para onde é que vão então querem que a gente continue aqui até se iniciar as obras, é isso".

O local onde está agora a escola é o escolhido para alargar a linha já existente e fazer a insterseção com a futura ponte sobre o Tejo.

A terceira travessia..que vai ligar Chelas ao Barreiro através da linha de alta velocidade.

Apesar dos apelos do CDS-PP e do PSD para refrear o início das obras
apesar de haver quem ainda discuta se a ponte deve ou não ter um tabuleiro rodoviário, além da ferrovia, o governo avança mesmo para a obra.

O governo que no início do ano lectivo instalou quadros interactivos em quase todas as salas, que instalou rede wireless em toda a escola e que colocou um sistema de videovigilância é agora o mesmo governo que, passados poucos meses, extingue a escola Afonso Domingues.

Fonte SIC Noticias

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aproveitar o momento.

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda